
O centeio é um tipo de cereal que começou a ser cultivado depois do trigo, cevada e aveia e não era conhecido pelos antigos egípcios e gregos, e passou a ser o principal grão utilizado na produção de pão no norte da Europa durante muitos séculos. Este cereal pode ser utilizado após o seu processamento, sob forma de farinha, e além de ser utilizado na panificação, é também a estrela de várias receitas de biscoitos, crackers, sobremesas, entre outras.
Ouvimos frequentemente falar de produtos que contêm centeio refinado, e outros que contêm centeio integral, mas qual será a real diferença entre ambos?
Pois bem, são considerados cereais integrais, os grãos que mantêm as proporções naturais do farelo, do gérmen e do endosperma na íntegra. Contrariamente aos cereais refinados, que são aqueles que sofrem processos industriais, acabando por rejeitar alguns dos constituintes do grão, permanecendo apenas o endosperma. Desta forma, o centeio refinado, após sofrer estes processos, fica consideravelmente mais pobre nutricionalmente, comparativamente ao centeio integral, que não sofre este tipo de processamento.
Os produtos alimentícios feitos a partir de centeio integral têm uma tonalidade mais escura, enquanto os feitos a partir de centeio refinado a têm uma tonalidade mais clara, uma vez que são obtidos a partir de grãos parcialmente desbastados.
O facto do centeio integral preservar todas as partes do cereal, acaba por conferir benefícios como o aumento da saciedade, contribuir para um melhor funcionamento da saúde gastrointestinal, cardiovascular, e até ser benéfico para a prevenção de várias doenças, incluindo alguns tipos de cancro.
Entre as duas opções, é sempre preferível optar pelos cereais integrais, neste caso o centeio integral, que além de ser muito menos processado, acaba por contem muitos mais nutrientes e, consecutivamente, mais benefícios para a saúde.
Referências bibliográficas
Roso, C., & Restle, J. (2000). Aveia preta, triticale e centeio em mistura com azevém: 2. Produtividade animal e retorno econômico. Revista Brasileira de Zootecnia, 29, 85-93.