Os pseudocereais são uma espécie de sementes com algumas características semelhantes às dos cereais que habitualmente conhecemos, nomeadamente o seu conteúdo em hidratos de carbono, mas que se distinguem dos mesmos em termos botânicos.
Estas culturas amplamente subutilizadas, têm vindo a ganhar uma atenção especial nos últimos anos, devido não só à sua versatilidade de utilização, mas sobretudo devido às suas propriedades nutricionais. É que além do seu conteúdo em hidratos de carbono e fibras, eles possuem um teor proteico considerável, tratando-se de uma proteína completa, ao contrário da presente nos cereais, que é deficitária em alguns aminoácidos (unidades estruturais das proteínas), sobretudo em lisina, triptofano e treonina, que são essenciais ao nosso organismo, e cuja sua obtenção só é possível através do consumo de alimentos que os possuem. Outra vantagem destes pseudocereais é o facto de serem isentos de glúten, podendo por isso, ser consumidos por celíacos.
Os mais comuns são o amaranto, a quinoa e o trigo sarraceno e tal como os cereais, estes podem ser processados e, posteriormente, usados como farinhas, sendo também uma excelente opção na utilização em vários produtos alimentares, como o pão, massas, bolachas, etc.
Desta forma, são notáveis as vantagens de incluir este tipo de alimento, tão rico nutricionalmente, numa dieta rica, saudável e equilibrada.
Referências bibliográficas
Morales D, Miguel M, Garcés-Rimón M. Pseudocereals: a novel source of biologically active peptides. Crit Rev Food Sci Nutr. 2021;61(9):1537-1544.
P., Nirmala Prasadi V.; Joye, Iris J. (2020). Dietary Fibre from Whole Grains and Their Benefits on Metabolic Health. Nutrients, 12(10), 3045–. doi:10.3390/nu12103045