Uma proteína é composta por vários aminoácidos (AA) diferentes e é o componente mais fundamental dos tecidos em animais e humanos. Para ser absorvida no organismo, a proteína deve ser hidrolisada por enzimas (proteases e peptidases) em AA e peptídeos no intestino delgado. Os AA são essenciais para a saúde, crescimento, desenvolvimento, reprodução, lactação e sobrevivência dos organismos. A sua deficiência aumenta a suscetibilidade do organismo a doenças metabólicas e infeciosas. Por outro lado, o consumo excessivo de AA e proteínas nas refeições e suplementação excessiva, pode também comprometer a saúde, particularmente de pessoas que tenham disfunção hepática ou renal.
O termo “biodisponibilidade” engloba três propriedades dos alimentos que podem alterar a proporção de um AA; esses são:
Como a proteína tem um efeito térmico e um efeito de saciedade maior do que as gorduras ou hidratos de carbono, existe uma forte evidência de que um aumento da ingestão diária de proteína é uma estratégia eficaz para uma potencial perda de peso. No que diz respeito à proteína, per si, os alimentos de origem animal (por exemplo, carne, produtos lácteos, ovos, aves) são conhecidos por terem um maior rácio proteína/energia e uma melhor digestibilidade de AA do que os alimentos de origem vegetal (por exemplo, leguminosas, cereais integrais, frutos secos e sementes).
Uma dieta ideal teria uma ingestão equilibrada de vários alimentos para assegurar todos os AA essenciais, sendo assim possível alcançar as necessidades adequadas de proteína. Ao contrário do que se pensa, vários estudos demonstraram que não há um aumento do risco de deficiência de proteína em indivíduos que têm uma alimentação vegetariana, desde que esta seja variada, completa e equilibrada. Além disto a importância de diferentes fontes de proteína na nutrição humana é cada vez mais estudada por razões de sustentabilidade ambiental e social. Reforce a sua alimentação com alimentos proteicos de origem vegetal como:
Referências bibliográficas
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