Alimentação

Porque devemos incluir um pão de beterraba numa alimentação saudável?

A beterraba é uma raiz de sabor adocicado, mas também com um travo a terra, rica em diversos nutrientes como hidratos de carbono, fibra, vitaminas A, C, B6, ácido fólico, magnésio, manganês, potássio, cobre, polifenóis, carotenoides, licopeno, nitrato e betaína. (7), que promovem efeitos benéficos na saúde a nível antioxidante, anti-inflamatório e desintoxicante. O consumo de beterraba está também associado à prevenção de aterosclerose e de diabetes tipo 2. (1) (5)  

Para se obter farinha de beterraba, é preciso remover a água desta o que faz com que, por 100g de farinha, o teor de fibra seja cerca de 24-27% da sua composição nutricional. Este é um nutriente que contribui para o bom funcionamento intestinal e que queremos sempre destacar quando procuramos um pão de qualidade. Outro aspeto importante a realçar da farinha de beterraba é que, para além de ter valores muito semelhantes de proteína comparativamente às farinhas de cereais, o seu teor lipídico é muito baixo (» 0,75%). (4) Por isso é uma opção interessante para a confeção de bolos, pães, panquecas, em substituição da farinha de cereais.

Este pão não tem corantes nem aditivos, apenas a cor natural da beterraba, que contém betaínas que lhe conferem o pigmento violeta-vermelho. As betaínas têm demonstrado atividade quimiopreventiva, com a capacidade de desacelerar o crescimento de alguns tumores (cólon, do estomago, da mama, da próstata, dos pulmões e dos testículos). (1) (6)

O fermento é fundamental para fazer com que o sabor do pão seja mais intensificado(2) e a água para promover a fermentação do pão. (3) Varie mais a sua alimentação diária e procure incluir nos sabores tradicionais, um reforço de nutrientes.

 

 

Referências bibliográficas

  • Almeida, M. R. (2017). Superalimentos, refeições com mais vida. Lisboa: Safaa Dib
  • APN (2018). Melhor grão, Melhor pão: uma análise nutricional sobre o pão
  • Aquino, V. C. D. (2012). Estudo da estrutura de massas de pães elaboradas a partir de diferentes processos fermentativos (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
  • Araújo Filho, D. G. D., Eidam, T., Borsato, A. V., & Raupp, D. D. S. (2011). Processamento de produto farináceo a partir de beterrabas submetidas à secagem estacionária. Acta Scientiarum. Agronomy33(2), 207-214.
  • Chhikara, N., Kushwaha, K., Sharma, P., Gat, Y., & Panghal, A. (2019).Compostos bioativos de beterraba e utilização na indústria de processamento de alimentos: Uma revisão crítica. Química de Alimentos, 272, 192–200. Doi:10.1016/j.foodchem.2018.08.022
  • Lechner JF, Stoner GD. Red beetroot and betalains as cancer chemopreventative agents. 24, Molecules. MDPI AG; 2019.
  • PortFIR (2019). Tabela de Composição dos Alimentos
  • Yamada, E. A., Alvim, I. D., Santucci, M. C. C., & Sgarbieri, V. C. (2003). Composição centesimal e valor proteico de levedura residual da fermentação etanólica e de seus derivados. Revista de Nutrição16(4), 423-432.